domingo, 13 de junho de 2010

As PMEs e o novo padrão contábil de normas internacionais - IFRS

O assunto já é discutido sem "espanto" nas grandes companhias, mais ainda é novidade e até mesmo desconhecido por grande parte das pequenas e médias empresas de capital fechado. De acordo com o novo Código Civil, todas as empresas brasileiras terão que seguir o novo padrão contábil vigente no país, que atualiza e acompanha as normas internacionais, conhecidas como IFRS.
Algumas das dificuldades encontradas pelas PMEs é a velocidade com que a legislação anda, em algumas áreas, muito mais rápida do que a realidade, a falta de familiarização com as novas normas, por parte de  universo enorme de contadores, estudantes de contabilidade e gerentes de contas de bancos, só para citar alguns dos envolvidos diretamente no assunto. Além disso, tem o fator principal, o total desconhecimento as novas normas pela grande maioria dos quase 5 milhões de empresários que serão obrigados a usar o novo padão em seus negócios. Alguns desses empresários nem sequer viu o balanço da sua própria empresa algum dia. Pode parecer absurdo, mais não é. Muitos contratam um contador ou escritório de contabilidade para cuidar das obrigações legais e não deixar simplesmente que alguma obrigatoridade deixe de ser cumprida junto aos órgãos fiscalizadores, não dando a menor importância para a análise e estudo gerencial da contabilidade.
Apesar da obrigatoriedade já para o exercício de 2010, a adesão deverá ocorrer aos poucos, até porque não existe nenhum mecanismo de fiscalização automática. Outra consequência da adoção da IFRS é que a maioria dos contadores vão querer cobrar mais pelo serviço que prestam, já que o trabalho também será maior, em horas e sofisticação, exigindo até mesmo investimento em conhecimento, aperfeiçoamento e tecnologia.
Diante de algumas notícias ruins, há uma excelente recompensa, ao adotar o novo padrão, haverá uma melhora significativa na gestão das empresas, principalmente as PMEs, ou de menor porte. Elas passarão a ter mais informações sobre o desempenho.
As PMEs não estão obrigadas a adotar a versão completa da IFRS, cujo documento original tem mais de 2,5 mil páginas. Para estas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) elaborou um resumo - podemos assim dizer - com pronunciamento específico do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, em inglês), cujo documento tem 225 páginas. Apesar de menor, traz algumas exigências que vai exigir muito estudo e conhecimento técnico, veja a seguir algumas das novas exigência:
  • Marcação à mercado de instrumentos financeiros para as empresas que possuam aplicações;
  • Constituição de provisão para devedores duvidosos e de estoques que estejam parados e passivos trabalhistas;
Uma das explicações para o provisiosamento é que antes as empresas seguiam apenas as regras fiscais para fazer o balanço e como essas provisões não são dedutíveis, não era feita a provisão. Uma prática das PMEs, o balanço acaba servindo apenas para apurar o lucro para distribuição do resultado entre os sócios. Sem o balanço, a única foma de distrbuição do lucro seria conforme a margem prevista na legislação fiscal.

O novo padrão também apresenta a vantagem de separar melhor a contabilidade da questão tributária. Segundo informações contidas no site do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), os 27 conselhos regionais de contabilidade devem oferecer cursos para adaptação dos profissionais.

0 comentários:

Postar um comentário