quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Uma nova Avestruz Master?


CICs – O monstro ainda vive
A empresa de reflorestamento Pothencia S.A pede registro à CVM
A modalidade de oferta pública na forma de contratos de investimentos coletivos (CICs) já causou grandes estragos a investidores e para alguns ainda causam arrepio até hoje. Empresas como a Fazenda Reunidas Boi Gordo (FRBG) e Avestruz Master, esta uma velha conhecida dos goianos, principalmente, utilizaram da modalidade para atrair investidores, prometendo retornos extraordinários, até aqui nenhuma irregularidade a não ser o fato de que os “produtos” comercializados por esta empresa – elas preferiam chamar de serviço -  dificultasse a fiscalização por parte da CVM principalmente no preço a longo prazo, daí o risco desse tipo de contrato.
A Pothencia S.A, reflorestadora com sede em Maringá-PR publicou em seu site anúncios que tinham como objetivo atrair investidores para aplicar de forma coletiva em empreendimentos ligados ao mercado de madeira nobre. A venda pública de valores imobiliários só é permitida quando a emissora possui registro de companhias abertas. A proposta da empresa, se aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), é investir no plantio de mudas de canafítulas e de ipês-roxos. Essas plantas levam de 8 a 16 anos respectivamente para atingirem seu desenvolvimento e as terras a serem utilizadas pela empresa ficam no Mato Grosso do Sul.
Em simulações no site, a empresa informava que o investidor faria uma aplicação na “largada” no valor de R$ 31.950 e ao final do prazo máximo, ou seja, 18 anos depois, teria cerca de R$ 1,5 milhão. E aí, ficou interessado?
Lição: Os contratos de investimento coletivo não são maus negócios, o que torna o risco alto e provoca medo nos investidores é a falta de controle e a péssima gestão dos recursos, provocando prejuízos como da Fazenda Reunidas Boi Gordo, que deixou um passivo de R$ 2 bilhões para mais de 30 mil investidores.
Fonte: Jornal VALOR (www.valoronline.com.br) em 18/02/2010, reportagem de Fernando Teixeira, São Paulo-SP. Dados adicionais e complementares de responsabilidade do autor do blog, Jean Clecio Silva Carvalho.

2 comentários:

Anônimo disse...

Voces tinham razão....empresa está praticamente quebrada e vai lezar mais de 250 clientes no Brasil.

Anônimo disse...

Era cliente e acabo de saber que a floresta que eu pago, sagradamente, está abandonada. É uma vergonha. Me sinto mal.

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